Digital Verbum Edition
A defesa da verdade requer coragem, determinação e fé, vistos na afronta e combate de João Calvino à vigência da Igreja Católica Romana, que chamava a si a detenção da interpretação das Escrituras, sobretudo, na sua figura máxima, o Papa. Com o comentário das epístolas de Tiago, da primeira e segunda de Pedro, da primeira de João e Judas, Calvino coloca em causa essa hegemonia, não temendo a força dos poderes religiosos, a m de mostrar a substância real e verdadeira da Bíblia, e a abertura da sua interpretação àqueles que tem o Espírito Santo de Deus. Calvino não cede em momento algum na sua determinação de desvendar a obscuridade reinante, consequência de um uso abusivo e interesseiro que era feito das Escrituras. A sua fé em Deus movia-o a apresentar a verdade do evangelho, apesar de todos os obstáculos e confrontos que enfrentava pois não tinha a sua vida por preciosa contanto que cumprisse com alegria a sua carreira, como tão bem este livro faz a orar. Que belo desafio e exemplo para os dias de hoje. Marcos Mendes Ferraz, Pastor da Igreja Evangélica Baptista da Amadora e professor no Seminário Teológico Baptista de Queluz, Portugal.
“Não obstante, pode parecer que a evidência dos sentidos pouco valor tinha no presente tema, pois o poder de Cristo não poderia ser percebido pelos olhos nem sentido pelas mãos. A isto respondo que a mesma coisa é expressa aqui como se dá no primeiro capítulo do Evangelho de João: ‘Vimos sua glória, glória como do unigênito do Pai’; pois ele não foi conhecido como o Filho de Deus pela forma externa de seu corpo, mas porque ele deu provas eminentes de seu divino poder, de modo que nele resplandeceu a majestade do Pai, como numa imagem viva e distinta.” (Page 365)
“Não era o ouvir de uma notícia, a que geralmente se dá pouco crédito, mas João tem em mente que ele aprendera fielmente de seu Mestre aquelas coisas que ele ensinou, de modo que ele nada alegava impensada e temerariamente.” (Page 365)
“Pois estas palavras: o que vimos, o que ouvimos, o que contemplamos servem para corroborar nossa fé no evangelho.” (Page 363)
“Aprendamos, pois, que não devemos julgar exceto em conformidade com a lei de Deus.” (Page 102)
“Mantemos, pois, este princípio: que nossas orações não são ouvidas por Deus, a menos que tenhamos confiança de que seremos atendidos.” (Page 40)